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domingo, 24 de janeiro de 2016

IN NATURA






















Eu sou um amante da natureza. Mas não no sentido clichê do biólogo deslumbrado, que leva uma ferroada de arraia no peito porque não sabe seu lugar no plano maior da mãe natureza.

Eu adoro a natureza porque, além de nos presentear com visuais estonteantes que só vemos em pinturas de grandes artistas, ela também garante alimento quase que infinito à curiosidade humana, com exemplos bizarros de seres vivos que deixam as criaturas mais fantásticas da ficção científica no chinelo. Se duvida, procure se aprofundar no mundo fantástico e bizarro da entomologia (o ramo da biologia especializada nos insetos).

Nos jogos de videogame, temos ótimos exemplos de games que representam com uma fidelidade davinciana a beleza de paisagens, organismos e eventos naturais que ocorrem no ventre de Gaia.




Como alguns exemplos mais recentes, posso citar The Witcher 3 e seus cenários absurdamente paisagísticos; Fallout 4, com uma homenagem às avessas a toda essa beleza que eu descrevi nas linhas acima (nunca deixando que a gente se esqueça dos perigos de se brincar com coisas como radioatividade); Flower, um jogo que não encanta tanto pela sua jogabilidade atrapalhada pelo indigesto sensor de movimentos do Sixaxis, mas dá um verdadeiro show na hora de nos arrebatar com uma das melhores sensações que o corpo humano pode vivenciar (a do voo livre por campos verdejantes); e The Elder Scrolls IV: Oblivion, um jogo com lindas paisagens, que figura até hoje no meu top 10 de melhores games a retratar a natureza.




O caso é que 2016 não parece ser um ano que vá conseguir ficar à altura do excelente ano de 2015, no quesito de jogos, mas alguns títulos prometidos para o ano vigente despertaram algum interesse em mim, neste quesito de retratar a natureza e nos embasbacar com visuais dignos de serem retratados em tecido e tinta.
Eu sei que existem outros, mas gostaria de deixar os leitores com três jogos que, de certa forma, abordam essa temática de natureza, programados para saírem em 2016, se tudo ocorrer como o planejado.


HORIZON ZERO DAWN























Em meus breves anos de fã assíduo histórias de quadrinhos, eu pude ter contato com grandes clássicos que compõem as melhores obras deste ramo de entretenimento. Monstro do Pântano, de Allan Moore; quase tudo de Grant Morrison; uma boa parte da obra de Neil Gaiman; todo tipo de quadrinhos de super-heróis; clássicos obrigatórios, como Watchman, Batman o Cavaleiro das Trevas e V de Vingança; tudo isso foi refletido nestas retinas que produzem os textos lidos no Mais Um Blog de Games, em uma fase da minha vida.

Mas nem só de clássicos vive um leitor, seja de livros ou de quadrinhos. E em minhas andanças por sebos de livros e HQs da minha cidade, eu costumava topar com uma HQ que nunca cheguei a ler, mas que sempre me chamava muita atenção: A Era Metalzóica, da série 2000 A.D.




Eu sei, só um pré-adolescente se sentiria atraído por um conceito tão bobo quanto o de um mundo governado por seres vivos robóticos. Felizmente, era exatamente isto que eu era na época: um pré-adolescente. Então, posso me sentir perdoado pelo exemplo de mau gosto.

O fato é que Horizon Zero Dawn brinca justamente com este conceito: no game, a civilização humana já não canta mais de galo, e a vida na Terra evoluiu para um tipo de híbrido entre ser vivo e máquina.

Horizon é o tipo de jogo que poderia facilmente passar despercebido sem causar muito barulho, se não fosse pelo nome de peso da sua desenvolvedora: a Guerrila Games.
Se esse nome não disparou nenhum alarme na sua cabeça, essa é a produtora do super alardeado Killzone 2, que prometia gráficos “dignos de um filme da Disney” rodando em tempo real, antes mesmo do Playstation 3 ter sido lançado.




De certa forma Killzone 2 até superou as expectativas daquele trailer fodástico da E3 2005. Mas o atrativo maior de Horizon (além de sua bela protagonista) é oferecer ao jogador um mundo aberto (por que não ser de mundo aberto pega mal nos dias de hoje, não é mesmo?) vastíssimo e belo, cheio de flora variada e fauna soltando fumaça e deixando manchas de óleo por onde passa.

Claro que eu estou apenas conjecturando, mas se Horizon ficar à altura das expectativas levantadas, teremos um belo e detalhado jogo de caçar monstruosidades mecânicas gigantes em nossas mãos (tipo, um Monster Hunter, só que lançado fora do Japão). Ao menos se você tiver um PS4, visto que o game será exclusivo do console da Sony.







WILD























No jogo nós controlamos um xamã com a habilidade de possuir corpos de animais selvagens. O enredo envolve ajudar um amigo da sua tribo, que foi picado por uma cobra e precisa da sua ajuda. E isso me lembra aquela piada da cobra que pica um carinha em suas partes íntimas, que você provavelmente já ouviu alguém contar.

O criador do game, Michel Ancel (você adivinhou: com um nome estranho desses, ele só podia ser francês), afirma que Wild não se trata de domar a natureza, e sim aprender a conviver bem junto com ela.

Segundo o pai do Rayman, nós teremos várias habilidades, de acordo com o animal que possuirmos: visão noturna com um lobo; voo com pássaros (óbvio); rugido ameaçador com animais de grande porte, como o urso; rola até algumas missões que teremos que interagir com o espírito que representa determinado animal, ocasião na qual teremos que cumprir alguma tarefa em especial para satisfazer a divindade.





Se a moda da vez dita que um jogo precisa ser de mundo aberto, Wild nos dá a certeza de que esse é o único estilo que permitirá que o game seja bem-executado. E caso seja, com certeza os amantes da natureza vão ter um ótimo motivo para prestar uma atenção especial a este título.

Resta saber se Wild contará com objetivos variados e interessantes, que sustentem os elementos de gameplay, ou se será apenas uma espécie de passeio virtual em uma reserva ecológica de mundo aberto.





FAR CRY PRIMAL























Far cry 3 foi um ótimo jogo. Eu sei que você já leu essa mesma frase no post sobre os meus jogos de 2015, mas faz-se necessário frisar o contexto no qual será lançado, em fevereiro, a nova empreitada da Ubisoft: Far Cry Primal.

O jogo nos leva à era das cavernas, onde controlaremos um membro de uma tribo que precisa recrutar aliados para combater as ameaças de uma tribo rival.

Ele nem foi lançado e já prepara uma dose de “polêmica” para lançar nos jogadores, visto que exibirá seios e contornos de genitálias masculinas, por debaixo das roupas. Segundo os criadores, naquela época não havia cuecas de qualquer espécie, então a moda era criar o bicho solto mesmo, sob risco de atrair os mais diversos predadores.

Em uma época onde o Tarzan precisa usar calças compridas para não ser apedrejado por uma legião de puritanos desocupados (e inimigos da lógica, em prol dos “valores da família”), eu só posso bater palmas pra atitude da Ubisoft.


Bem-vindo à era onde todo mundo se "ofende" com todo mundo...

Eu sou fã da série, mas não me senti muito empolgado com o Far Cry 4 por causa da repetição de estilo de jogo. Então, tenho grandes esperanças de que este game seja um Far Cry digno da nova geração (o 4 foi um jogo de transição de gerações), e que ele consiga dar um fôlego novo pra franquia.

Ah, antes que eu me esqueça, o motivo da polêmica com aspas é que eu acho totalmente desnecessário você pegar no pé de um jogo por causa de violência ou sexo, quando existe (desde 1994) um órgão como o ESRB, que estampa um belo PARA MAIORES DE 18 ANOS na capa de jogos com tal conteúdo.

Como caprichosa que é, eu tenho certeza que a Ubisoft nos presenteará com belas paisagens de natureza pré-histórica neste game. Então só nos resta esperar até o mês que vem, e que comece o mimimi dos hipócritas conservadores, que parecem ter nascido de uma chocadeira ao invés de terem vindo ao mundo através de relações sexuais como todo o resto.




E é isso folks. Espero que tenham gostado das indicações do texto, e torçamos para que os games vistos na minha curta lista não sejam umas belas porcarias. Nos vemos no próximo post.


Au Revoir.

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