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terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

FALLOUT NEW VEGAS: OS BONS COMPANHEIROS




Uma das maiores preocupações na vida de um escritor, seja amador ou profissional, é a sensação de falta de completude. Explico: é comum, ao produzir textos, nos lembrarmos de algum detalhe que ficou pra trás ou sermos arrebatados por inconvenientes insights que teimam em nos aborrecer em situações inesperadas, como no chuveiro ou na fila do banco.

No Meu Review Supremo de Fallout New Vegas eu abordei os tópicos típicos de uma análise que se dispõe a ser a mais completa possível: gráficos, som, sistema, diferenças entre o FO3 e o Vegas, e até um tópico especial sobre o maior diferencial deste jogo: o modo Hardcore (que na época eu não sabia que foi baseado em um mod de fãs).

Mas, justamente durante um destes insights que insistem em me assediar durante o banho, me dei conta de que havia me esquecido de duas coisas: uma foi falar das armas do game (post que eu sempre prometo, mas nunca cumpro), um ponto que infelizmente não pretendo corrigir dada a extensa lista de itens destes games. A outra foi de fundamental importância para quem curtiu o jogo e procura por uma análise mais detalhada: a lista de companheiros do jogo!


Nunca entendi por que não podemos recrutar Viktor como ajudante. Maldita Obsidian...

Como estamos a poucos dias do lançamento do Fallout 4, e como eu já deixei bem claro que todas (ou quase todas) as postagens do blog, até essa data, seriam temáticas da série Fallout, farei agora um anexo ao Meu Review Supremo do Fallout New Vegas, detalhando algumas coisas sobre todos os companheiros do jogo. Como eu disse que será um anexo, tentarei encaixar e adaptar o texto visto neste post ao review do New Vegas, para saciar a minha obsessão absurda por completude em meus textos, e para oferecer um material mais competente àqueles que entraram no blog em busca de um texto enorme sobre o jogo.
Sem mais delongas, vamos ao que interessa.

ATUALIZADO: como deu pra notar neste último parágrafo, este post estava planejado para ser lançado antes do lançamento do Fallout 4 (a data de criação do arquivo do Word é 05/11/14), visto que eu já tinha uma noção de como aquele jogo consumiria meu tempo livre. Depois de dois meses dedicados ao FO4 (com uma semana só pra confeccionar o Review Supremo dele), e agora que a poeira baixou, fiquei com um pouco mais de folga para finalizar este post que completa o Review Supremo do New Vegas.



COMPANHEIROS



Diferente do Fallout 3, um jogo que você pode facilmente concluir sem sequer perceber que existe um sistema de acompanhantes, New Vegas possui uma mecânica claramente mais voltada à aquisição de ajudantes. Isso fica mais evidente com a criação da Companion Wheel, um menu radial com opções que vão desde o simples “seja minha mula de carga” até comandos para que seu ajudante use um Stimpack, utilize uma abordagem diferenciada no combate, ou mesmo opções de diálogo que te permitem avançar na quest específica de cada um deles.

O malfadado sistema de Karma ainda exerce certa influência na aquisição destes ajudantes, mas o que conta mesmo na hora de recrutar é a qual facção você pertence, ou deixa de pertencer. Então, se você é um acólito da Legião de César, não espere que Boomer (um ex-militar do NCR) vá te receber de braços abertos. Pelo menos é o que eu acredito, já que nunca tive estômago, em nenhum dos meus cinco gameplays do Vegas, de me aliar a essa nefasta (des) organização.

Vale ressaltar que seus companheiros, mais uma vez comparando com o FO3, te presenteiam com um Perk Exclusivo que só ele possui no jogo (por isso a palavra “exclusivo”...). Ainda em tempo: só falarei sobre os perks principais, deixando de fora aqueles adquiridos nos DLCs.


Só faltou o comando "Sai da frente, porra!"

Se você trocar de companheiro, ou se ele morrer (eu mencionei que a Obsidian fez questão de adicionar Permadeath ao Vegas?), o perk é perdido.
Também vale a observação de que E.D, o robô patrulha do Enclave, não conta como um ajudante. Isso significa que você pode andar com ele e mais outra pessoa. Ou coisa... ou animal... A regra é: você pode levar um companheiro humano + um não humano. Em qual descrição Raul e Lily se encaixam? Boa pergunta, Courier...

Pra finalizar e partir pra lista, não podia me esquecer de citar que existe um bug no Vegas que faz com que seu companheiro desapareça do jogo. O perk exclusivo continuará fazendo efeito, mas isso te impedirá de trocar de ajudante e, lógico, você não terá a vantagem numérica no campo de batalha (e também perderá a mamata da mula de carga pra levar seu peso extra).
Mas existe um modo de contornar esse problema: no Lucky 38, o cassino do Sr. House, há um painel que dispensa os companheiros que estiverem com você, fazendo com que eles retornem para sua “cidade” de origem. Se você não presenciou este bug é porque não jogou Fallout New Vegas, então fica esta dica mais que útil para lidar com esse problema.


ARCADE ISRAEL GANNON



É um membro da Followers of the Apocalipse. Pode ser encontrado em Old Fort Mormon, em New Vegas. Arcade é um cientista, pesquisador de remédios, com um passado trágico que envolve a morte do seu pai em circunstâncias não muito conhecidas. Ele tem um background ligado ao Enclave, que serviu como uma segunda família durante sua adolescência e vida adulta.

Um detalhe interessante aqui é que, se você tiver o Perk Confirmed Bachelor, descobrirá que Arcade é homossexual. Eu, sinceramente, não andei na companhia de Arcade por tempo suficiente para desenvolver a sua quest, tampouco possuía esse Perk. Mas bato palmas para a atitude da Bethesda/Obsidian em sempre procurar abordar o tema de forma natural e adulta, mesmo quando isso não faz o menor sentido no jogo (no Fallout sim, mas em um jogo medieval como Skyrim haver casamento gay é algo no mínimo surreal...).
Mesmo que debaixo de acusações de que seus jogos promovem a vinda do anticristo na Terra, por meio da normatização de práticas de sodomia e canibalismo, é bom ver como uma empresa de “joguinhos” consegue estar vários passos à frente em nível mentalidade nessa questão.


Diga-me com quem andas...

A preferência sexual de uma pessoa não é algo (ou pelo menos não deveria ser) que governe a sua existência 24 horas por dia, e se o jogador não tiver o Perk ou não se importar em conhecer melhor a figura de Arcade Gannon, dificilmente vai sequer desconfiar de que o cientista joga água pra fora da bacia. E é assim que questões desse tipo devem ser tratadas na vida real, não com alarde ou como se todos tivessem que ficar pensando nisso durante 365 dias no ano.

Arcade é extremamente inteligente e sarcástico, e te confere o Perk Better Healing, que aumenta em 20% a recuperação de vida por itens consumíveis. Ele usa armas típicas de homens da ciência extremamente inteligentes, ou seja: lançadores de plasma e serras elétricas portáteis. Bisturi e tesoura cirúrgica? Que nada!


CRAIG BOONE



Boone é um ex-sniper de elite do NCR. Ele pode ser encontrado na cidade de Novac (você sabe, aquela com uma estátua gigante de Barney, o dinossauro retardado...).
Boone fica na boca do dinossauro que caracteriza a cidade, vigiando do alto possíveis ataques de raiders ao local.

Confesso que não tinha adquirido esse companheiro antes de rejogar o Vegas, nos dois meses que se passaram, durante o meu aquecimento para o Fallout 4.
Para recrutá-lo você precisa fazer um pequeno favor a ele: encontrar o responsável pela venda de sua esposa, Carla, a um grupo de vendedores de escravos, e convencer a pessoa a ficar de frente do dinossauro gigante para que Boone presenteie o sujeito em questão com um orifício a mais do que o planejado pela Mãe Natureza.
O mais legal dessa quest é que você só vai descobrir o responsável (acredite, será uma pessoa que você não fazia ideia) depois de uma breve investigação nos aposentos de Novac.


Abaixar aumenta a precisão dos tiros. Essa é uma das primeiras dicas vistas durante o tutorial.

Mesmo sendo dadas várias possibilidades de possíveis alvos, eu investiguei e acertei quem era de primeira (até porque fica meio óbvio a partir de certo ponto, com a pesquisa). E confesso que essa era aquele tipo de quest que a resposta errada seria mais divertida que a correta. Infelizmente não tive paciência para dar load no save anterior e testar as outras opções do cardápio...

Boone é um ex-soldado do NCR, veterano de guerra meio amargurado e de poucas palavras, que gosta muito da sua boina de estimação e vai ser recusar a mostrar a razão disso a você (dica: tem a ver com poucas telhas na construção de uma casa...).
Ele te presenteia com o Perk Spotter, um perk meio inútil que destaca em vermelho os inimigos avistados pelo modo Iron Sights das armas. Não funciona com inimigos como os Nightkins, que usam camuflagem.


LILLIAN MARIE BOWEN



Ok, confesso que a Obsidian alcançou sucesso absoluto em sua intenção de chocar/traumatizar/deixar curioso o jogador do Fallout New Vegas.

Mutações são alterações na sequência de nucleotídeos que compõem os genes de um ser vivo, para trocar em miúdos. Traduzindo do bioquimiquês para o português: uma mutação pode causar sérios problemas no funcionamento de um gene, causando efeitos como tumores e infertilidade. Como animais mutantes conseguem procriar, isso pouco importa para o universo do jogo, graças a uma das mais deliciosas invenções da humanidade chamada LICENÇA POÉTICA.

Mas, não satisfeita em perturbar ainda mais a mente do jogador, a Obsidian nos apresenta Lily, uma super mutante FEMININA que mora na cidade de Jacobstown.
Lily morava no Vault 17, quando um exército d’O Mestre invade o lugar e arrebenta com tudo. Se Lily já era uma super mutante, a fallout wikia o jogo não deixa claro.


Lily está sempre na moda

Bem, o fato é que agora Lily é uma pacata pastora de Bighorners, na cidade montanhosa de Jacobstown. Eu falei que LILY é pacata. Já Leo, um alter ego psicopata da simpática mutante de pele roxa, esbanja tendências violentas e um apreço em particular por armas do tipo Melee.
Eu falei que Lily sofria de esquizofrenia, devido ao uso excessivo de Stealthboys, não falei?

Lily tem um parafuso a menos e um coração de ouro, muito mais bondoso que muitos humanos “normais” que encontramos no deserto de Mojave. Seu Perk Stealth Girl prolonga a duração do Stealthboy, que passa de 2 para 4 minutos. Ele também aumenta a taxa de acertos críticos, enquanto camuflado, em 10%. Pra quem é fã do uso deste item...


RAUL ALFONSO TEJADA



Raul é um ghoul (você sabe: zumbi) com um passado trágico que envolve um incêndio e radiação. Caralhadas de radiação, que o transformaram na criatura que é agora. Raul perdeu toda a família nesse incêndio. Após chegar ao deserto de Mojave, Raul é feito prisioneiro por Tabhita, uma nightkin que não quer dispensar seus serviços de mecânico e engenheiro.

Nós nos encontramos com o ghoul, Raul, em Black Mountain, um dos lugares de mais difícil acesso no jogo (só perde pra Quarry Junction), e podemos libertá-lo de sua escravidão. Mas Raul possui uma cabana nas montanhas, pra onde voltará caso seja dispensado por você.

Raul é ótimo em combate, tendo uma personalidade bastante serena, talvez por causa de sua vida passada complicada e pela sua idade.
Raul tem um perk de companheiro que permite diminuir a taxa de degradação das suas armas e vestes em 50%. Como se isso não fosse bom o bastante, este perk conta com upgrades que aumentam para 75% essa taxa e para 33% a velocidade de disparo com revólveres e armas do tipo “lever action”. Infelizmente, este último só afeta a ele mesmo.


Conserteiro profissional e radialista nas horas vagas.

Como faz pra conseguir estes outros níveis? Boa pergunta. Eu mesmo só soube da existência deles depois de consultar a Falloutwikia, mas provavelmente você os ganha quando completa suas quests de companheiro, coisa que eu não fiz com nenhum dos ajudantes (para progredir na relação com os companheiros, é necessário visitar locais que eles gostam ou realizar ações que eles aprovem. Infelizmente, New Vegas é beeeeem menos óbvio do que o Fallout 4 em mostrar quais são essas preferências do que o Vegas).



ROSA DE SHARON CASSIDY (AKA CASS)



Não, você não leu errado. Esse é o nome dela mesmo. Cass é uma comerciante de água, filha de John Cassidy, um dos ajudantes do Fallout 2. Mais uma vez, obrigado à Falloutwikia por esses dados tão relevantes...

Cass pode ser encontrada no bar de Mojave Outpost, afogando as mágoas com água radioativa que passarinho não bebe. O mais curioso é que, se você falar com ela sob efeito de alguma droga (como Med-X, Psicho e etc.) ela fica puta da vida com você. Uma pinguça dando sermão em um drogado. Vai entender...


Cass em seu habitat natural.

Cass é a minha acompanhante feminina preferida depois de Veronica. Bem, levando em conta que só existem DUAS acompanhantes no game, não dá pra ter uma noção muito boa de quanto eu gosto das duas.
Seu perk é o Whiskey Rose, que permite ao jogador consumir bebidas alcoólicas sem sofrer as penalidades (adoraria ouvir dos criadores como isso é possível, mas vamos fingir, que é pra não estragar a magia do espetáculo). Além disso, se você beber uísque, você ganha um bônus de 2 a 6 no seu DT, e 3 a 9 se a bebida for tequila.

Levando em conta que eu gosto de bebidas alcoólicas em jogos quanto eu gosto na vida real, não posso afirmar que o Whiskey Rose é uma das minhas habilidades favoritas neste jogo.


VERONICA SANTANGELO



De longe, minha preferida (depois de ED, claro).
Veronica pode ser encontrada no 188 Trading Post, que nada mais é do que uma daquelas barraquinhas de vender coisas que encontramos pelas rodovias, no mundo real. Ela usa um manto com capuz para esconder um dos maiores mistérios do mundo dos games: VERONICA É UM MEMBRO DA BROTHERHOOD OF STEEL.

Agora darei um tempo para que o leitor se recupere do choque dessa embasbacante revelação... ... ... pronto? Prossigamos.

Veronica não é “apenas” um membro da BOS (que no Fallout New Vegas teve a sua participação bastante tolhida, diferente do destaque que receberam no FO3 e 4). Ela é um membro responsável por sair ao mundo exterior à procura de recursos para a Irmandade do Aço.

Se você prestar bastante atenção aos diálogos iniciais com essa personagem, vai perceber que Veronica é um tipo de Jar Jar Binks da BOS: ela fez alguma cagada das grandes e é sempre mandada passear no mundo superior, com a esperança de que não consiga retornar de suas missões.

Como é muito porradeira, bonita (tão bonita quanto o Gamebryo permite que ela seja) e inteligente, a bela garota sempre decepciona seus superiores em voltar de suas missões com um buraco de bala no meio da testa.


O lendário bunker da BOS.

Veronica é um bom exemplo dos dramas pessoais que enriquecem os personagens não jogáveis da série Fallout: ela teve sua juventude prejudicada por um grande problema amoroso (não vou entrar em detalhes pra não dar espoiler); seus pais, nascidos e criados na BOS (assim como ela), morreram relativamente jovens, em combate; e ela carrega nas costas o peso de uma irmandade muito preocupada com os males que a tecnologia fora de controle pode causar à raça humana, mas pouco interessada em preservar as relações pessoais que dão força a essa mesma raça humana.

Em batalha, Veronica não é muito forte, mas passa longe de ser um peso morto. Ela tem uma preferência por armas do tipo melee, em especial Power Fists.
Seu perk exclusivo é o Scribe Assistant, que permite acessar o Workbench à distância, apenas conversando com ela.
Um perk bastante inútil, dado o sistema meio confuso e demasiadamente complicado de craftagem de itens deste jogo.



REX (AKA DOGMEAT CIBORGUE)



Fallout 3 e New Vegas (e possivelmente o 4) são jogos que nem são considerados RPG por algumas vertentes mais xiitas de fãs da série. A despeito de toda essa discussão sobre o que faz um jogo ser um Jogo de Interpretação de Papéis ou não, existem alguns elementos na série que, caso fossem deixados de lado, causariam a fúria de uma quantidade ainda maior de jogadores.

Mexam no sistema de câmera, no sistema de Karma, no teor de ação do game ou do impacto das suas escolhas morais, mas não mexam jamais em um elemento da franquia Fallout: UM VIRA-LATAS CHAMADO DEOGMEAT.

Fallout é inspirado em várias obras do cinema, como Mad Max, O dia seguinte e Um garoto e seu cão, filme de 1975 que conta a história de Albert (não por coincidência, o nome de um dos protagonistas do primeiro jogo) e seu cachorro telepata (??? WTF?!!!) Blood, que tentam levar a vida adiante em um mundo pós-apocaliptico.

Confesso que eu não entendi toda a comoção em torno deste acompanhante enquanto jogava o Fallout 3, jogo no qual fiz a minha estreia na série. Eu só fui entender a razão desse hype todo depois de encontrar Dogmeat no primeiro jogo, e testemunhar o canino atacar (algumas vezes até derrubando no chão) um inimigo por QUATRO VEZES SEGUIDAS, durante um combate.


Um cachorro falante?

Se você jogou pelo menos o começo do FO original, você sabe a peleja que é matar um reles roedor de tamanho incomum no game. Então, a presença de Dogmeat te auxiliando no árido mundo do game é uma daquelas coisas que não tem como explicar em um game, apenas sentir.

Bem, depois desse longo desvio de assunto, apresento Rex, que é a forma da Obsidian incluir o canino Dogmeat em sua aventura (que tenta meio que se distanciar do projeto da Bethesda, o FO3) e não encarar a fúria dos fãs mais xiitas, que provavelmente reclamariam de fã service ou da ausência do companheiro de nariz frio-úmido. Porque é isso que fãs xiitas fazem: reclamam, acima de tudo, estando satisfeitos ou insatisfeitos com alguma situação.

Rex pode ser encontrado na Escola de Personificação do Rei (aquele bar em que todo mundo tem a cara e usa as roupas do Elvis Presley). Sobre o background de Rex, o que eu posso dizer é que ele tem um passado mais interessante e animado que muitos companheiros humanos e NPCs desse jogo.

Veja só: Rex serviu como cão policial na polícia de Denver City, antes do cair das bombas; depois ele conseguiu sobreviver à destruição dessa cidade, onde passou a vagar pelo Wasteland até ser “recrutado” pela Legião de Caesar e finalmente ser encontrado por The King, em Freeside (uma parte da cidade de New Vegas).


Fingir de morto não é algo tão difícil para um cão que vive no Wasteland.

Rex, depois de amarrar seu burro na sombra em Freeside, foi diagnosticado com uma doença cerebral que pode levá-lo à morte. O Rei, que parece nutrir um enorme sentimento de afeição pelo cibercão, pede para que você vá até a cidade de Jacobstown para encontrar uma cura.

Depois de resolver as questões de saúde de Dogmeat, quer dizer, Rex, o Rei nos dá a oportunidade de cuidar do cão. Isso não faz muito sentido, dados os sentimentos desse personagem por Rex, mas sabe como é: um jogo ainda precisa funcionar como um jogo e obedecer a um sistema, para que faça sentido do ponto de vista do gameplay. E nem a Obsidian está livre de cometer erros, despite toda a babação dos fanboys em cima desse jogo.

Em batalha, Rex ataca com mordidas. E nada mais.
Seu perk, o Search and Mark, destaca no cenário itens como munição, comida e químicos, quando você usa a mira da arma em tempo real. Mais ou menos como uma variação do perk de Boone, só que um pouco menos inútil.


ED-E



Edie (Qualé! Eu sei que você chama ele assim) é um protótipo de Eyebot, um daqueles robôs flutuantes que fazem propaganda do Enclave pelos desertos da série Fallout.
Se você for minimamente atencioso, deve lembrar que é ele que estrela aquele trailer do jogo, no qual alguma pessoa sem noção fica atirando num robozinho ao som de Jingle Jangle. E eu gostaria de deixar bem claro isso aqui: qualquer pessoa que tente interromper um bot de tocar Jingle Jangle aos quatro ventos merece ir direto pro inferno, e sem direito à advogado de defesa.

Edie pode ser encontrado em Primm, em cima de uma mesa, todo estrupiado e com peças faltando. E é neste momento que você vai se dar conta de que o New Vegas é bem mais profundo que o Fallout 3 nas alternativas que você tem para resolver algumas quests.

Depois de consertá-lo (não importa se com a skill Science ou Repair), Edie passa a te seguir e transmitir umas mensagens misteriosas do provável cientista responsável pela sua criação. Cabe a você decidir o destino do robozinho: ser bem recebido pelos camaradas da Followers of the Apocalypse, ou ser revirado do avesso pelos “amantes da tecnologia” da BOS.


Edie dando um rolê pelo Divide.

Edie é meu ajudante preferido no jogo. Primeiro de tudo porque ele é um robô, e eu adoro robôs, não importa o tamanho, o contexto sócio-econômico ou o nível de radioatividade exibido no contador Geiger.
Segundo porque ele é bastante útil, sem influenciar demais no gameplay do jogo em geral.

Em combate ele usa um laser, que pode ser calibrado para ataques à distância ou disparos curtos, para atordoar, e toda vez que avistar um inimigo vai tocar um ringtone bem legal pra te avisar. Seu perk exclusivo é o Enhanced Sensors, que aumenta desgraçadamente a detecção de inimigos no seu minimapa do canto da tela. Só tenha cuidado pra não cair em paranóia, achando que aquele Deathclaw que se encontra a milhas de você está cafungando no seu cangote...

Para finalizar, vale lembrar mais uma vez que Edie não conta como um ajudante (esse é outro motivo pelo qual eu gosto tanto dele), detalhe esse que te dá a possibilidade de levar ele e mais um ajudante em suas andanças pelo deserto alaranjado do New Vegas.


Edie é um ser iluminado.

E é isso, povo. Espero que tenham gostado do post, e espero que estejam na torcida para que a Obsidian assuma a criação de mais um jogo da franquia Fallout. Este evento nem é tão impossível assim de acontecer, visto que a própria companhia já demonstrou abertamente (em seu Twitter) interesse em trabalhar com a série Fallout novamente.

Tal acontecimento seria um ganho aos fãs da franquia, visto que Fallout 4 é (indiscutivelmente) um excelente jogo, mas que carece de mais elementos de RPG.
E nos vemos no próximo post da série Fallout, onde eu (provavelmente) farei o mesmo com o Fallout 4, visto que na ocasião eu não pude dar uma descrição de todos os excelentes ajudantes daquele jogo.


Au Revoir.

10 comentários:

  1. Eu sei que o que vou falar agora é idiota mas, LILLY È UMA MULHER?? Ok, parece meio obvio porque ela acha que é uma avó e tudo mais, e usa essa roupinha de jardineira. Mas eu sempre pensava que isso era algum distúrbio mental ou a esquizofrenia dela agindo (e também porque não tem como saber o sexo de um super mutante). Bom, do mesmo, ela foi o companion que passei menos tempo, simplesmente me irritava demais quando ela tinha aqueles surtos psicóticos e matava todos os inimigos antes que eu pudesse dar um tiro se quer ou morria na minha frente (jogo no modo hardcore onde é permadeath).

    E o EDIE (realmente, não importa quanto neguem, todos falam assim) seria meu companion favorito se não fosse por uma coisinha. Como Fallout New Vegas É Fallout New Vegas e eu sou extremamente sortudo, aquela musiquinha que ele toca antes de lutar contra qualquer inimigo tem 90% de chances de búgar no meu pc e ficar tocando PRA SEMPRE, sendo o único jeito de parar é recarregando um save, por isso só faco a missão dele e já mando embora.

    Ah, e otimo texto como sempre.

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  2. Sim, Leonardo, eu sei que é chocante mas é a mais pura verdade. Todas as Wikis do New Vegas que eu consultei confirmam que Lily é uma fêmea (já que dificilmente podemos chamá-la de mulher). Eu também não sou muito de andar com ela.
    Pra ser sincero, eu nunca joguei esse jogo sem ativar o Hardcore Mode (até pq dá pra usar eles com dificuldades mais baixas, se não estiver aguentando a pressão).
    Eu adoro aquele ringtone que Edie toca quando avista um inimigo. Felizmente no PS3 nunca deu problema.Podia ter um robô como ele no Fallout 4. Colocaram dois mister Handy, mas nenhum Eyebot do Enclave como ajudante.

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  3. Muito bom cara, curti bastante, fala bem sobre o jogo, gostei, parabéns, e cara também estou na batalha, sou youtuber e gostaria que você desse uma olhada no meu canal, Corrupção Noob, agradeço, muito obrigado, e obrigado pelo conteúdo interessante que você transmitiu, obrigado!

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  4. Rapaz, eu adorei todos os companions do New Vegas, são todos muito legais. E eu só fui saber que a Cass era filha do John Cassidy quando eu resolvi explorar mais a série (um ótimo companion também).

    Boone > all

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  5. Esse detalhe sobre a Cass eu tb não sabia. Eu descobri na Wikipedia mesmo rsrsrs. Até pq já comecei a jogar o FO2 mas ainda não consegui nenhum companheiro. Precisei dar uma pausa nele pq minha gata comeu o fio do meu mouse, e jogar FO no touch do notebook é uma tortura.

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  6. Um mouse sem fio cai bem nessas horas kkkkk

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  7. Do jeito que a minha gata é, não duvido nada dela comer o conector USB. kkkkkk

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  8. Acho que todo mundo chama o ED de Edie, até o Dr.Withley( que criou o ED do Lonesome Road ) chama ele assim.

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  9. Mais um baita review mano, parabéns pelo blog, tu dá vidas aos jogos através das suas reviews. Ah, EDDIE > all

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    1. Obrigado, Jonathan. São comentários como o seu que fazem o trabalho de escrever um post grande valer a pena.

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