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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

ANÁLISE: PORTAL






















Portal é um jogo criado pela Valve, que conta a história de uma pessoa que se encontra presa em um tipo de instalação científica controlada por uma inteligência artificial chamada GLaDOS. De forma geral, o jogo pode ser descrito como um FPS misturado com Puzzles, com o detalhe de que os únicos tiros que saem da sua arma são para gerar portais de teletransporte, que serão usados para passar por uma série de enigmas envolvendo cubos, esferas de energia e turrets de voz extremamente sexy.

O enredo é contado pelo ponto de vista de uma personagem muda da qual não conhecemos quase nada, e que se vê presa na instalação num mundo industrial pós-apocalíptico (protagonista mudo com uma arma peculiar preso em uma instalação científica. Onde foi que eu já vi isso antes...).

No mais, os eventos do jogo são enriquecidos pelos comentários ácidos de GLaDOS, que possui um senso de humor negro e totalmente doentio ao estilo inglês de tecer comentários sarcásticos nas situações mais inapropriadas. Entre em uma sala, ouça alguns gracejos e provocações de GLaDOS a respeito das suas chances ínfimas de sucesso, resolva o quebra-cabeças, ouça mais algumas provocações e parta pro próximo desafio. Simples, direto e reto.

Os dois jogos são tão parecidos que fica até
difícil de dizer qual é qual
...

Apesar do meu apreço pela série, eu comecei a jogar pelo segundo jogo, em 2012, quando adquiri a versão de Playstation 3. Na época eu gostei bastante do jogo, a ponto de escrever não um, mas dois textos sobre ele aqui no blog. Quando retomei a minha coleção de jogos desse console, no mês de janeiro agora, decidi que precisava ter na minha estante a The Orange Box, uma edição especial (e super rara) contendo três jogos da Valve para o console da Sony: Half-Life 2 (e seus DLCs), Team Fortress 2 (que eu ainda nem experimentei) e o primeiro Portal, que até então era exclusivo para os PCs.

Se você não conhecia meu blog na ocasião, colocarei os links dos dois textos AQUI e AQUI, para quem quiser conferir minhas impressões iniciais e minha conclusão sobre a resolução de enigmas pensando com portais, respectivamente. Mas, e quanto ao primeiro jogo da franquia, esse que deu origem a tudo? Quão diferente ele é em relação a sua continuação? A resposta é simples: nada. Portal original é simplesmente uma versão 1.5 da sua continuação, ou seria exatamente o inverso, respeitando as devidas ordens de lançamento dos dois jogos.

Belos gráficos (pra época), dublagem de excelente qualidade, um sistema de jogo que beira a simplicidade absurda e uma síndrome de Estocolmo que vai acometer o jogador depois que a faixa I’m Still Alive começar a rolar os créditos, ao final da sessão de tortura aventura.

Não pergunte como nem por quê: o jogo começa, você vai resolvendo desafios,
e quando dá por si não consegue mais parar...

Com relação ao primeiro jogo em si, ele é tão parecido com o segundo e o segundo é tão parecido com o primeiro, que eu realmente não tenho nada pra falar sobre ele que eu já não tenha dito há cinco anos. Claro, existem algumas diferenças entre este primeiro Portal que eu não teria como deixar passar: ele é significativamente mais curto e fácil que sua continuação, a despeito do que muitos dizem por aí na net (ele só conta com 19 câmaras de teste contra os vários capítulos com as várias câmaras do segundo).

Quando você começar a achar que a porca vai torcer o rabo no tocante à dificuldade, o jogo vai estar praticamente dando adeus à sua protagonista esguia de poucas palavras.

De fato, Portal é um jogo tão curto e fácil (ou será que fui eu que me acostumei às intempéries trazidas pelo sadismo de GLaDOS com a intenção dissimulada de dar fim a minha vida?) que eu comecei a jogá-lo na sexta à noite (dia 10 de fevereiro), de forma descompromissada, e finalizei agora há pouco, depois de uma batalha meio cansativa contra um super computador que é tão inteligente, mas tão inteligente, que não se dá conta de que turrets lançadoras de mísseis na mesma sala que seu main frame não pode terminar em boa coisa...

Essa tela de créditos vai ficar marcada na sua trajetória gamer pra sempre...

Pra finalizar este texto curto, curto pra combinar com a “curteza” do Portal em si, eu vou deixar meu veredito sobre a segunda experiência que eu tive com Portal, mas que deveria ter sido a primeira: ele soa como um esboço do que a Valve estaria entregando futuramente com seu maior, mais ácido, mais ligeiro e desafiador Portal 2.

NOTA FINAL: 7,9

Não se deixe enganar pelos números: Portal é um jogo excelente, a prova de que uma fórmula extremamente simples pode render um jogo que vai ficar na sua memória por anos e anos. Um jogo que esbanja personalidade própria, uma relação pra lá de doentia entre uma encarcerada e sua captora (o engraçado é que nunca fica claro a origem da personagem ou como ela foi parar nas instalações da Aperture Science).

Portal só não é melhor por causa da existência da sua continuação, Portal 2. É um jogo muito bom, mesmo que deixe na boca (principalmente na de quem cometeu o crime de começar pelo segundo) o gosto de um projeto inacabado, ainda que de enorme potencial. Mas não aconselho o leitor a sair correndo pra comprá-lo na Steam, a menos que apareça uma daquelas promoções irresistíveis que vão pegar a sua carteira com as calças abaixadas.

Precisava colocar um contador de tempo, Valve?

Jogue apenas quando for conveniente. Mas não deixe de conferir esse clássico da criadora de Half-Life (fãs da série, preparem-se para uma análise do primeiro jogo, assim que o tempo me permitir), uma empresa praticamente Tarantineana, que lança poucos mas excelentes jogos pra ficar na história dos games. E acima de tudo, nunca se esqueça:

"O bolo é uma mentira. Ela está te observando..."


Au Revoir!

4 comentários:

  1. Ótima análise.
    Ler seu blog me faz lembrar das revistas de games e animes que comprava na infância.

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    1. Fico feliz que tenha se identificado com o conteúdo do blog. Acho que a ideia no lançamento (2011) era essa mesmo: falar as coisas que se passavam pela minha cabeça enquanto eu lia as revistas de videogame, mas não podia interagir. Bem-vindo e abraços.

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  2. The cake is a lie hahaha XD eu entrei em salas escondidas nas fases e achei uns desenhos bem loko. Falta 2 fases pra terminar mas eu parei pq to focada em outra coisa :/

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    1. Achei ele mais fácil e curto que o Portal 2. Ainda assim, um bom jogo.

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